O medo faz parte da nossa vida e da nossa
autopreservação, pois nos impede de cometer atos perigosos e que podem ter más
consequências.
Mas de onde vem esse sentimento?
O medo costuma ser uma herança dos nossos pais, que
quando éramos crianças, nos ensinaram a temer algumas coisas, ou então ser
resultado de uma experiência negativa vivida.
Se, durante a infância, um indivíduo passou por
situações de privação financeira ou falta de alimentos, pode ser que no futuro
ele desenvolva uma necessidade enorme de sempre ter alimentos estocados em casa
e tenha medo de não ter o que comer.
Ou então, alguém que viveu um acidente de carro,
pode desenvolver o medo de dirigir ou viajar por estradas.
Isso acontece porque a nossa mente é atemporal. Pra
ela, não existe distinção entre passado e futuro. É como se tudo que já vivemos
acontecesse no presente e, por isso, precisamos estar em estado de alerta para
os riscos.
Existem diversos tipos de medo: de dirigir, de
altura, do escuro, de perdas familiares, de animais, de envelhecer. É um
sentimento muito particular, individual, que varia conforme as vivências de
cada um.
O medo existe em várias escalas, que vai desde a
prudência até o completo terror.
Sintomas do
medo
Qualquer sensação de ameaça pode gerar o medo, seja
ela física, psicológica ou moral. Algumas vezes, as pessoas dão outros nomes
para essa sensação, como: apreensão, preocupação,
ansiedade ou angústia.
No entanto, todas essas outras emoções são
motivadas pelo medo do que possa acontecer.
Quando sentimos isso, nosso corpo tem, inclusive,
reações físicas. Nosso organismo se prepara para duas situações: lutar ou
fugir. A partir daí, o cérebro trabalha intensamente e muita adrenalina é
liberada.
Sintomas como tremedeira, boca seca, mandíbula
rígida, enjoo, dores nos braços, pernas e ombros também fazem parte de um
episódio de vivência do medo.
Existem situações em que a pessoa não assume o medo
que sente. Então, começa a fugir da situação que envolve a ameaça,
procrastinando ou criando desculpas para si mesmo.
O medo pode funcionar como uma “voz interior”,
continuamente dizendo que algo não vai dar certo ou que você não é capaz de
realizar.
O medo é criado dentro das nossas mentes e, por
mais que tentamos evitá-lo ou ignorá-lo, não conseguimos acabar com ele. Isso acontece
porque a crença que alimenta esse sentimento não foi alterada.
Essa é a única maneira de acabar com o medo e, para
isso, pode ser preciso a ajuda de um psicólogo.
Ajuda de um
psicólogo para se livrar do medo
Em alguns casos, o medo é tão grande que paralisa o
indivíduo e o impede de realizar diversas atividades. Diante disso, é preciso
buscar tratamento. Uma terapia com psicólogo pode trabalhar na superação do
problema e recuperar o equilíbrio mental.
Só se vence o medo quando se descobre o que há por
trás dele, ou seja, qual é a origem, trauma ou experiência que desencadeou essa
emoção no paciente. Durante os encontros, o psicólogo ajuda nessa descoberta,
através de técnicas específicas.
Uma prática comum dos psicólogos é colocar a pessoa
em frente à situação, objeto ou condição que lhe causa o medo, repetidas vezes.
Com isso, ele vai se enfraquecendo e quebra-se o
ciclo vicioso negativo dos sintomas.
RENATA
VISANI