domingo, 31 de dezembro de 2023

DONA

 

Dona

 

Dona desses traiçoeiros Sonhos sempre verdadeiros Oh, dona desses animais Dona dos seus ideais

Pelas ruas onde andas Onde mandas todos nós Somos sempre mensageiros Esperando tua voz

Teus desejos, uma ordem Nada é nunca, nunca é não Porque tens essa certeza Dentro do teu coração

Tan tan tan, batem na porta Não precisa ver quem é Pra sentir a impaciência Do teu pulso de mulher

Um olhar me atira à cama Um beijo me faz amar Não levanto, não me escondo Porque sei que és minha Dona

Ah ah

Dona desses traiçoeiros Sonhos sempre verdadeiros Oh, dona desses animais Dona dos seus ideais

Não há pedra em teu caminho Não há ondas no teu mar Não há vento ou tempestade Que te impeçam de voar

Entre a cobra e o passarinho Entre a pomba e o gavião Ou teu ódio ou teu carinho Nos carregam pela mão

É a moça da cantiga A mulher da criação Umas vezes nossa amiga Outras nossa perdição

O poder que nos levanta A força que nos faz cair Qual de nós ainda não sabe Que isso tudo te faz Dona, dona, ah yeah yeah

Dona Dona

Dona Dona

Uoh uoh uoh

 

Roupa Nova

A MATEMÁTICA DO AMOR

 

A MATEMÁTICA DO AMOR

 

A matemática do amor é simples.

Das quatro operações conhece apenas três.

Não sabe subtrair.

Se compraz em somar, e multiplica para dividir.

Em cada coração que conquista, o amor faz questão de imprimir

a fórmula do seu eterno milagre: Dividir-se sem diminuir.

Eis a razão por que um coração que ama, quanto mais dá de si,

tanto mais lhe sobra para repartir.

 

Pe. Zeca

SÉCULO DA PRESSA


 

SÉCULO DA PRESSA

 

Hoje não quero ter pressa.

Vou percorrer as ruas, fruir as sombras dos bosques, galgar as escadarias, 

apoiar-me no corrimão dos viadutos e, de lá, olhar a cidade.

Quero ver as pessoas a ir e vir, numa pressa alucinante, como que temendo 

alguém, brigando com o tempo ou fugindo de si mesmas.

Mirando cada rosto, vou descobrir, com certeza, a tristeza disfarçada em 

alegria.

Tristeza por sermos vazios, alienados e coisificados, mas robôs que seres 

humanos, absorvidos pelo século da pressa.

 

Pe. Zeca