SÉCULO DA PRESSA
Hoje não quero ter pressa.
Vou percorrer as ruas, fruir as sombras dos bosques, galgar as escadarias,
apoiar-me no corrimão dos viadutos e, de lá, olhar a cidade.
Quero ver as pessoas a ir e vir, numa pressa alucinante, como que temendo
alguém, brigando com o tempo ou fugindo de si mesmas.
Mirando cada rosto, vou descobrir, com certeza, a tristeza disfarçada em
alegria.
Tristeza por sermos vazios, alienados e coisificados, mas robôs que seres
humanos, absorvidos pelo século da pressa.
Pe. Zeca
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