quarta-feira, 29 de novembro de 2023

COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS

                                  

                                               

COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS

 

O que é, qual a sua importância e como desenvolver???

Muitos profissionais são contratados por suas habilidades técnicas e desligados pela falta de competências comportamentais.

Você já deve ter ouvido a respeito – e essa afirmação faz todo o sentido.

No século 21, a alta velocidade de mudanças pede que as empresas sejam cada vez mais flexíveis e dinâmicas.

O mesmo raciocínio vale para seu capital humano, que precisa ir além do conhecimento técnico e desenvolver atitudes e comportamentos que aumentem a produtividade e ajudem a impulsionar o negócio.

Ou seja, profissionais precisam adquirir e aprimorar suas competências comportamentais para alcançar o sucesso.

Pensando nisso, elaboramos este conteúdo, repleto de dicas e informações para quem deseja melhorar a conduta no ambiente de trabalho.

O que são competências comportamentais?

Competências comportamentais são traços da personalidade ou aptidões que formam os padrões responsáveis por nossas atitudes.

Para explicar melhor, vamos voltar um passo e falar sobre o conceito de competência, presente em estudos sobre cultura organizacional e recursos humanos desde a década de 1970.

A definição mais difundida para a palavra competência foi citada no livro “The quest for competencies”, publicado em 1996.

Na obra, o autor Scott B. Parry afirma que competência corresponde a um:

Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que afetam a maior parte do trabalho de uma pessoa, e que se relacionam com o desempenho no trabalho; a competência pode ser mensurada, quando comparada com padrões estabelecidos, e desenvolvida por meio de treinamento.”

Partindo dessa linha de pensamento, um indivíduo competente no trabalho é aquele que possui os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para exercer sua posição com eficiência.

Esses três pilares da competência formam um conceito chamado C.H.A, base de diversas teorias sobre o assunto.

De forma resumida, podemos dizer que:

  • Conhecimento se refere ao saber que pode ser adquirido, seja através de cursos, palestras, oficinas, seminários, workshops, materiais de leitura e outras formas de aprendizado.
  • Habilidade é a capacidade para desempenhar atividades práticas, aplicando conhecimento e experiência para produzir alguma coisa.
  • Atitude descreve a decisão de ser ou fazer algo, controlada pela consciência e emoções, que leva uma pessoa a se mover e reagir diante de fatos, objetos ou outros indivíduos.

Na área profissional, Conhecimento e Habilidade são usados para medir os atributos técnicos de um profissional, enquanto as competências comportamentais têm a ver com a Atitude.

Para que servem as competências comportamentais?

Desenvolver as competências comportamentais é essencial para atingir objetivos.

Afinal, são elas que estão por trás do perfil comportamental de cada um, influenciando as escolhas e a maneira como reagimos em diferentes condições.

Quando investimos em autoconhecimento, fica fácil perceber que nossos padrões de comportamento motivam as atitudes, exercendo controle sobre o curso da nossa vida.

Muitas vezes, o porquê de não completarmos uma tarefa necessária para conquistar um desejo ou sonho está nesses padrões.

Imagine, por exemplo, que você sempre sonhou em comprar um carro.

Desde criança, reparava no modo como seus pais dirigiam e se idealizava atrás do volante em uma estrada, viajando para um lugar paradisíaco.

Para isso, será útil comprar seu automóvel, certo?

Porém, os anos passam e você não consegue adquirir o carro, porque não possui automotivação suficiente para guardar dinheiro e dar entrada na compra do bem.

Ou porque não desenvolveu o atributo da organização e planejamento, necessário para traçar um plano que lhe permita comprar o automóvel.

Ou, ainda, por não ter coragem para ousar, tomando a decisão de priorizar esse sonho.

Todas essas razões têm raiz em competências comportamentais que, se melhoradas, vão ajudar a abrir caminho para que você concretize seu objetivo.

Diferença entre competências técnicas e comportamentais

A principal diferença é que a competência técnica pode ser avaliada por meio do currículo, enquanto a comportamental exige uma observação da conduta, de preferência, pessoalmente.

Dizemos isso porque os atributos técnicos (hard skills) são, normalmente, adquiridos através da formação acadêmica, da educação formal e da experiência no mercado de trabalho.

Em outras palavras, como mencionamos mais acima, a competência técnica é composta por conhecimento e habilidade, as partes mais simples de mensurar e analisar.

Para comprovar que tem conhecimento sobre a história do Brasil, por exemplo, um professor pode preparar uma aula e ministrá-la ao seu avaliador.

Pode, ainda, conversar sobre esse tema ou fazer um teste.

Sua habilidade para lecionar também pode ser verificada com um teste prático, solicitando que ele apresente um conteúdo aos avaliadores.

A critério do responsável pela contratação, o conhecimento e habilidade podem ser confirmados, em um primeiro momento, a partir de trechos do currículo desse profissional.

No entanto, um documento ou relato não mostra se o educador é capaz de administrar conflitos ou trabalhar em equipe.

Para desenvolver essas competências comportamentais (soft skills), será preciso valorizar o autoconhecimento e apostar em um treinamento eficaz.

Importância das competências comportamentais para o trabalho

Lembra a frase que usamos na abertura deste artigo?

Vamos recordar: muitos profissionais são contratados por suas habilidades técnicas e desligados pela falta de competências comportamentais.

Em suas vivências, você já deve ter conhecido uma pessoa extremamente inteligente e bem informada, mas arrogante, com grande dificuldade para se expressar e se relacionar ou resistência às mudanças.

Provavelmente, ela se destacou durante testes do processo seletivo, contudo, isso não impede que seja dispensada caso sua posição exija habilidades de comunicação ou resiliência.

Daí a importância das competências comportamentais para o trabalho e a carreira.

Vivemos em um mundo conectado e dinâmico, onde se faz necessário desenvolver atributos estratégicos para aumentar a performance profissional.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) em 2016 é um bom ponto de partida para mapear as competências comportamentais relevantes em diferentes áreas de atuação.

Segundo o estudo, é essencial aperfeiçoar as seguintes características:

O candidato que não der atenção às soft skills fica em desvantagem, inclusive, em processos seletivos, como observa a coordenadora de Recursos Humanos Fernanda Colombo Poli.

Em artigo sobre esse assunto, a especialista lembra que:

“Nos processos seletivos, é bastante comum que os gestores abram mão de alguma competência técnica em detrimento de um perfil com competências comportamentais bem desenvolvidas. Existe um consenso de que é muito mais simples desenvolver alguém tecnicamente, do que alterar antigos hábitos e comportamentos.”

Como desenvolver melhor as competências comportamentais?

Existem duas ferramentas principais que ajudam a desenvolver as competências comportamentais.

Na verdade, são também duas habilidades: autoconhecimento e inteligência emocional.

Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para compreender suas forças e fraquezas e entender quais estímulos provocam determinadas respostas ou atitudes.

Embora não seja possível alcançar a perfeição, todo esse material pode ser melhorado, reforçando os pontos fortes e trabalhando aqueles que necessitam de desenvolvimento.

Quem investe no autoconhecimento de forma contínua consegue traçar padrões e modificar condutas prejudiciais para si e para as pessoas que o cercam, seja na vida profissional ou pessoal.

Já a inteligência emocional proporciona maior entendimento sobre mecanismos geridos pelo nosso inconsciente – as emoções.

Essas respostas automáticas a estímulos ou gatilhos têm grande influência sobre o nosso comportamento, em especial quando não gerenciadas pelo nosso “eu” (vontade).

Daniel Goleman, referência em pesquisas e livros sobre inteligência emocional, descreve o termo como:

“A capacidade de sentir, entender, valorizar e aplicar efetivamente o poder das emoções como fonte de energia, informação, confiança, criatividade e influência humana.”

Ou seja, ao compreender o funcionamento das emoções, poderemos ampliar o autocontrole, evitando atitudes impulsivas e conflitos desnecessários.

Mais do que isso, a inteligência emocional nos ensina a lidar com os estímulos, provocando estados emocionais de forma intencional para apoiar, por exemplo, uma mudança de postura no ambiente de trabalho.

Tanto o autoconhecimento quanto a inteligência emocional podem ser trabalhados em cursos, consultorias, coaching, mentoring e treinamentos de gestão.

Quais as principais competências comportamentais de um gestor?

Ocupando posições que exigem uma postura de liderança, os gestores precisam desenvolver habilidades profundas de comunicação, a fim de que consigam orientar sua equipe ou departamento de maneira clara.

Neste texto publicado pela Forbes, a especialista Denise Trudeau-Poskas lista 8 competências fundamentais para líderes no mundo corporativo, que comentamos abaixo.

Competência intrapessoal

Para ser um bom gestor, é preciso começar pelo autoconhecimento para identificar sua motivação interior e quais as melhores formas de obter energia.

Afinal, o líder deve ser o primeiro a impulsionar e animar o time, e não há como fazer isso sem que ele mesmo esteja animado.

Autoeficácia, responsabilidade, conscientização e autonomia do pensamento são indicadores de que o atributo intrapessoal está sendo aprimorado com sucesso.

Competência interpessoal

Está relacionada à capacidade de construir e manter relacionamentos saudáveis com os liderados.

Quando esse atributo está bem desenvolvido, as relações entre os membros da equipe também se tornam mais leves e próximas, pois existe confiança em si mesmos e nos colegas.

A competência interpessoal implica no aprimoramento da comunicação, incluindo a adequação da linguagem para diferentes processos e projetos.

Adaptabilidade

Une as qualidades que dão base à solução de problemas e pensamento crítico.

Líderes competentes conseguem enxergar uma mesma situação sob vários ângulos, podendo adotar uma perspectiva mais ampla ou focada em detalhes.

Com a adaptabilidade, eles são capazes de avaliar o cenário e decidir qual será a melhor abordagem naquele momento.

Ao compor um relatório técnico, é mais interessante fazer uma análise minuciosa, enquanto um conflito entre liderados pede uma visão ampla.

Engajamento

Se o autoconhecimento é primordial para que o líder mantenha sua motivação interior, o engajamento é importante para que ele contagie os liderados de modo positivo.

Assim, o time cria sinergia, trabalhando de maneira bem ajustada para alcançar objetivos em comum.

Quando se torna engajada, a equipe também melhora a resiliência – qualidade que permite se adaptar para superar desafios, sem perder valores ou a essência.

Competência estratégica

Um gestor precisa ser um estrategista eficiente, treinado para tirar o melhor da equipe e garantir seu avanço até o objetivo.

Mas ter competência estratégica vai além disso, implicando na combinação entre visão, lições inspiradas em cases de sucesso e avaliação.

Essa capacidade dá ao gestor um olhar apurado, que enxerga desdobramentos futuros, oportunidades promissoras e possíveis caminhos inovadores.

Intenção maior

Nada mais é do que o propósito, algo nobre que deve nortear a equipe.

Quando existe uma intenção maior em cada projeto ou ação, o líder parte de uma base sólida para orientar e motivar os liderados.

Essa competência desperta a colaboração, espírito de equipe e responsabilidade social, resultando em ações que contribuem com diferentes comunidades.

Neurogerenciamento

Pode ser definido como a capacidade de usar o cérebro para enfrentar situações e encontrar as melhores saídas.

Para desenvolver o neurogerenciamento, é preciso compreender o funcionamento da mente e como direcionar a energia para a solução de problemas.

Intenção curiosa

Um gestor deve se dedicar ao conhecimento dos liderados, mantendo o interesse em seu perfil para utilizar as ferramentas adequadas ao seu aperfeiçoamento.

Isso porque um verdadeiro líder trabalha para o desenvolvimento dos talentos do time, pois sabe que eles contribuem para atingir o resultado esperado.

Quais as principais competências comportamentais de um empreendedor?

O comportamento empreendedor, por si só, é visto como uma competência interessante não apenas para quem deseja abrir seu próprio negócio, mas também para empresas.

E não é à toa, pois profissionais com essa competência costumam ser proativos, determinados, automotivados, otimistas e planejadores – qualidades úteis em qualquer organização e cargo.

Confira, a seguir, as 13 principais características do comportamento empreendedor, de acordo com o Sebrae.

  1. Define metas
  2. Tem iniciativa e proatividade
  3. Aceita os riscos
  4. Trabalha bem sob pressão
  5. Tem motivação e entusiasmo
  6. Busca assegurar a qualidade
  7. Tem criatividade e inventividade
  8. Mantém o foco no cliente
  9. Busca estar atualizado
  10. Investe em organização
  11. Forma sua rede de contatos
  12. Orientado a resultados
  13. Tem habilidades de relacionamento.

Quais as principais competências comportamentais de um CEO?

Executivos que ocupam as posições mais altas em diversas empresas têm competências comportamentais em comum.

Essa foi uma das conclusões tiradas a partir de um acompanhamento conduzido por 17 anos pela consultoria Arquitetura Humana, que avaliou 207 presidentes de organizações.

O resultado foi um perfil formado por 6 atributos marcantes, detalhados a seguir.

Poder de influência e impacto no ambiente

Carisma e personalidade forte são características de destaque, presentes em 92% dos CEOs analisados.

Eles também possuem grande capacidade de persuasão, utilizada para motivar o trabalho em equipe e dar os direcionamentos necessários.

Energia

Essa qualidade está presente em 91% dos altos executivos, já que sua posição exige, muitas vezes, horas extras e habilidade para lidar com o estresse.

A maioria dos CEOs mostrou resistência para deixar o descanso de lado quando for preciso e trabalhar sob pressão.

Rapidez

Agilidade no raciocínio e nas decisões são fundamentais para conduzir uma empresa, principalmente em um mercado tão competitivo quanto o atual.

Por isso, 89% dos presidentes mostraram rapidez e senso de urgência em suas atividades.

Capacidade de assumir riscos

Como líder da empresa, o CEO deve levar a equipe a superar as expectativas, assumindo riscos para ampliar os ganhos e o próprio negócio.

Para tanto, costuma ser independente, competitivo e ter iniciativa, tomando a frente em qualquer situação.

Extroversão

A alta capacidade de comunicação pode ser observada em 61% dos CEOs, que valorizam seus relacionamentos profissionais, incentivam a colaboração e um clima organizacional agradável.

Os altos executivos também sabem identificar o momento certo para repassar informações e orientações, evitando exposições desnecessárias.

Capacidade de tomar decisões sob pressão

Esse atributo tem tudo a ver com a rapidez, sendo aplicado em momentos de pressão e estresse que podem impactar o futuro do negócio.

A capacidade de tomar decisões em cenários adversos ou diante de prazos curtos foi vista em 66% dos presidentes, que adotam uma postura informal, menos apegada a dados e detalhes para deliberar.

Essa ousadia faz dos CEOs bons negociadores.

Exemplos de habilidades comportamentais

Ao longo deste artigo, citamos diversas competências comportamentais importantes para construir uma carreira de sucesso.

Para finalizar, trazemos características explicadas neste inventário comportamental focado na área administrativa.

Elas são uma boa pedida para começar a aprimorar a conduta no trabalho.

Tomada de decisão

Agrega segurança nas decisões, coragem para assumir desafios e ousar.

Organização e planejamento

Reúne agilidade, praticidade, planejamento de despesas, gastos, investimentos e do tempo, culminando em um ritmo de trabalho constante.

Comunicação

Fornece a capacidade para explicar tarefas de maneira detalhada, dar feedback com consistência e ter clareza e objetividade ao expor suas ideias.

Trabalho em equipe

Ensina a atender às solicitações de colegas sempre que possível, além de resolver diferentes demandas em equipe.

Administração de conflitos

Faz referência à capacidade de gerir respostas a comentários prejudiciais e sentimentos pessoais no trabalho.

Conclusão

Neste artigo, apresentamos um panorama completo sobre as competências comportamentais, com estudos, definições e exemplos práticos.

Também chamadas de soft skills, essas características vêm ganhando relevância em diferentes contextos no mundo corporativo, sendo essenciais para líderes, empreendedores e profissionais que desejam alcançar um alto desempenho.

Portanto, vale a pena investir no mapeamento e melhoria das suas habilidades comportamentais.

FIA

 

AUTOCONHECIMENTO

 

O QUE É AUTOCONHECIMENTO E POR QUE ELE É TÃO IMPORTANTE?

Conhecer a si mesmo (a) é uma tarefa fundamental para tomar decisões conscientes e acertadas. Se você não sabe o que é autoconhecimento, vale a pena procurar entender um pouco mais sobre esse conceito e as melhores maneiras de colocá-lo em prática. Afinal, ele traz elementos que vão contribuir para uma vida mais produtiva e feliz.

Com frequência, acreditamos que nos conhecemos de maneira suficiente e sabemos como fazer as melhores escolhas. No entanto, na hora de tomar uma decisão importante, sentimos insegurança. Ainda que esse seja um processo bastante natural, ele pode ser melhorado se nos dedicarmos a conhecer mais sobre nós próprios e, principalmente, nossas emoções. Desenvolver tal habilidade nos ajuda a lidar bem com aqueles momentos decisivos.

O que é autoconhecimento?

O autoconhecimento, como a própria palavra diz, é o conhecimento que uma pessoa tem sobre si mesma. É uma investigação individual que busca identificar quais são as características mais marcantes, os gostos, as inclinações, os padrões de comportamento e os sentimentos vivenciados por ela. Esse aspecto pode colaborar com o desenvolvimento da autoconfiança necessária para tomar decisões, planejar nosso futuro e definir objetivos e metas de forma eficiente.

Conhecer-se mais e melhor também ajuda no controle das emoções, tanto negativas quanto positivas. Dominá-las é uma forma de evitar problemas de autoestima, ansiedade, frustração e instabilidade emocional, entre outras dificuldades psicológicas.

Sendo assim, o autoconhecimento é benéfico tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Por meio dele, é possível efetuar escolhas e tomar decisões que facilitem o cotidiano, além de encontrar o caminho certo a seguir rumo à sua carreira de sucesso.

Por que se conhecer é tão importante?

Depois de entender o conceito, é preciso saber por que ele é tão importante para o desenvolvimento completo de um profissional bem-sucedido. Sendo assim, conheça a seguir alguns benefícios do autoconhecimento de que você poderá desfrutar ao praticá-lo!

Ajuda na escolha da profissão e dos rumos da carreira

A escolha da profissão é um momento muito importante na vida de qualquer pessoa, entretanto, essa decisão está longe de ser simples. Muitos têm dúvidas em relação a qual graduação escolher ou mesmo não sabem como direcionar a carreira de forma eficiente.

O autoconhecimento ajuda a entender quais são as suas habilidades e os seus interesses, assim como explora aqueles elementos que não são tão interessantes para você, isto é, as suas fragilidades. Dessa forma, é possível procurar ocupações e cursos mais adequados aos seus interesses, competências e desejos profissionais.

Permite a descoberta das forças e fraquezas

Todas as pessoas têm pontos fortes e fracos, aliás, são eles que constituem a personalidade de cada um de nós. No entanto, muitos não conhecem as próprias qualidades e deficiências, tendo dificuldades para definir como utilizar tais características a seu favor.

Quando a pessoa se conhece, ela é capaz de usar suas aptidões de forma inteligente e estratégica em diversas áreas da vida. Além disso, também sabe amenizar os efeitos de suas fraquezas, bem como pode passar por um processo de desenvolvimento desses aspectos.

Ao conhecer suas limitações, você tem a oportunidade de trabalhar para superá-las em algum momento e aprender coisas novas. É possível fazer cursos, treinamentos, buscar apoio psicológico ou outras atividades que ensinem a lidar com os seus pontos fracos.

Colabora com a melhor definição dos objetivos

Outro aspecto importante do autoconhecimento é que ele colabora com a definição dos objetivos, sejam eles profissionais ou pessoais. Esse é um aspecto relevante para quem deseja sucesso, pois é preciso ter metas claras e bem definidas se quiser crescer de forma constante.

Assim, a pessoa tem mais clareza para definir aonde quer chegar e o que precisa fazer para alcançar o que foi estabelecido. Dessa forma, os processos de desenvolvimento pessoal e profissional tendem a seguir uma linha lógica, de acordo com os objetivos traçados.

Melhora a autoestima e o controle das emoções

Um dos principais benefícios dessa autoavaliação é melhorar a autoestima, tendo em vista que a habilidade ajuda a pessoa em seu entendimento sobre quem realmente é. Assim, permite-se a compreensão das qualidades e dos aspectos positivos, colocando em perspectiva os defeitos, porque eles podem ser trabalhados.

Além disso, a pessoa consegue controlar as emoções, podendo evitar reações negativas quando algo não acontece como o esperado. Essa inteligência emocional é fundamental para o dia a dia, trazendo tranquilidade e segurança ao indivíduo.

Proporciona uma mente mais aberta

Ter uma mente mais aberta para explorar novas sensações e experiências é outro benefício de se conhecer melhor. Algumas pessoas têm medo de passar por mudanças e transformações, pois não sabem como vão reagir diante desses momentos, o que traz insegurança.

Por outro lado, quem se conhece tende a estar preparado para encarar novas oportunidades e correr alguns riscos. Essa é uma forma importante de conseguir ultrapassar seus limites e conquistar aquilo que não acreditaria ser possível.

Favorece decisões conscientes

O autoconhecimento também ajuda a pessoa a tomar decisões conscientes. Afinal, ela aprende a controlar as emoções, não deixando que elas dominem as suas escolhas. Dessa forma, diminuem-se as ações por impulso, por exemplo.

A pessoa tem facilidade para analisar os prós e contras de forma racional e de acordo com suas preferências. Esse domínio é importante em escolhas simples do cotidiano e relevante nas decisões sérias sobre o seu futuro, como a profissão.

Como praticar o autoconhecimento?

Para trilhar uma jornada promissora, apenas saber o que é autoconhecimento não é suficiente, é necessário aprender a colocá-lo em prática. Existem várias maneiras de fazer com que você saiba mais sobre si mesmo e adquira a habilidade do autocontrole.

Descubra seus interesses e objetivos

Antes de mais nada, você precisa compreender quais são os seus interesses e motivações, ou seja, aquilo de que você gosta muito, que traz sentimentos gratificantes e por quais motivos. Da mesma maneira, é necessário ter consciência daquilo de que você não gosta e não deseja para a sua vida pessoal e profissional.

Uma dica de ouro é estabelecer um diálogo profundo consigo mesmo a fim de responder à seguinte pergunta: o que é sucesso para mim? Ah, lembre-se também de que é legítimo mudar de ideia (e de direção) no meio do caminho, o que importa é buscar a própria felicidade.

Considere a opinião do outro, mas tome suas próprias decisões

Essa orientação está relacionada com a anterior, pois quando você não sabe aquilo que deseja é comum deixar-se levar pelas opiniões alheias. Não que elas não sejam importantes e não devam ser consideradas, ao contrário, o outro pode ajudá-lo a enxergar elementos relevantes sobre determinadas questões que você não conseguiria sozinho.

Entretanto, construir suas próprias opiniões e aprender a defendê-las, bem como tomar suas próprias decisões e arcar com as consequências, faz parte do processo de amadurecimento. No fundo, só você é capaz de saber o que é importante para você.

Analise os seus pontos fracos e fortes

O autoconhecimento envolve também estabelecer uma análise crítica e criteriosa a seu próprio respeito, isto é, ter inteligência emocional o suficiente para não só perceber quais são os seus pontos fortes e fracos, mas para utilizá-los a seu favor.

Assim, detecte suas limitações, ou vulnerabilidades, e também suas “aptidões naturais” (aquelas tarefas que você desenvolve com muita facilidade e que lhe trazem satisfação). Vale dizer que ambas precisam ser trabalhadas e desenvolvidas, a primeira para não permitir que elas atrapalhem a sua carreira, e a segunda para torná-lo ainda melhor do que já é.  

Estabeleça metas consistentes para o futuro

Tenha clareza sobre aonde você quer chegar e programe cada pequeno passo em sua direção. Isso significa estabelecer metas em curto, médio e longo prazo, para que a sua caminhada seja consistente. Metas muito grandiosas e pouco planejadas costumam levar à frustração.

Em geral, as pessoas sonham demais com o futuro e se esquecem de que, para que ele seja possível, é necessário lidar com o agora, respeitando o tempo e os seus próprios limites.

Não pare de aprender

O mercado de trabalho está em constante mudança, e nós precisamos acompanhá-lo. Aprimoramento técnico contínuo é uma das principais marcas dos profissionais de sucesso. Eles compreendem a necessidade de aperfeiçoar as suas habilidades, atualizar os seus conhecimentos e adquirir novas competências para acompanhar as tendências da sua profissão.

Desse modo, após a faculdade, continue aprendendo coisas novas. As opções são inúmeras: segunda graduação, pós-graduação, especialização, workshops, palestras, cursos de atualização, idiomas, entre muitas outras.

Conforme visto, o autoconhecimento é uma ferramenta fundamental para que você possa entender quais são as suas qualidades e o caminho que faz mais sentido para a sua carreira, facilitando a decisão sobre o seu futuro profissional. O processo leva tempo e exige disposição para efetuar mudanças internas e externas, mas, acredite, os resultados compensam cada um dos esforços.

Por fim, vale frisar que a vida pessoal e a profissional caminham juntas, e sempre que você estiver investindo em um desses âmbitos, estará também colaborando com o crescimento do outro.

 

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