PAZ INTERIOR
A paz interior pode ser um atributo em que você
está sintonizado (a) com o poder da compaixão e do amor e sente a plenitude
máxima em saber como viver cada uma das possibilidades que a vida lhe oferece.
Então ao saber disto a pergunta
seguinte será: “E como podemos sentir isso?
A importância da paz interior pessoal é o bem-estar
emocional e espiritual que se consegue sentir ao se desconectar do mundo
exterior, se desprender de preocupações, dor, sofrimento, medo e de se conectar
com qualquer pensamento de maneira positiva, buscando entender a realidade
positivamente.
Ao trilhar o caminho em busca da paz interior,
provavelmente você encontrará alguns obstáculos como seus próprios erros,
ressentimentos de fraquezas e deficiências.
Mas ao deixar de se sentir culpado (a) por suas
falhas, conflitos emocionais, responsabilidades não cumpridas ou ainda
problemas pessoais, como inveja, egoísmo, egocentrismo, medos e parar de
continuar vivendo no passado, conseguirá seguir o caminho da paz interna.
Seguem três dicas para que
poderão lhe auxiliar neste processo:
- Dedicar um tempo do seu dia de maneira constante
e comprometida a se tornar proativo (a) e a ser determinado (a) em busca da paz
através da oração, da reflexão ou da meditação;
- Ter disciplina para criar uma rotina de conversar
consigo e com o seu criador (de acordo com a sua fé);
- Buscar aprender a lidar com os diferentes
momentos e circunstâncias externas e evitar que sentimentos não saudáveis façam
parte da importância da sua paz interior, em vez disso procure agir com amor em
tudo o que fizer.
Encontrar essa paz pessoal íntima lhe dará energia
e vitalidade para seguir adiante. Quando se avança rumo à paz interior se
produz também tranquilidade ao espírito e harmonia ao mundo - harmonia com
pequenos e simples atos de amor.
Então, vá em frente, comece a agir e, com poucos
atos de amor, você se sentirá mais positivo (a), mais seguro (a) e com uma
energia, que contagiará aqueles que estão à sua volta.
A paz interior é a calma
A paz nos facilita o aprendizado e o
demonstrar disso, como estado de calma que é para atingir objetivos. Silenciar
os pensamentos é
conseguir conectar-se a si próprio (a). Da paz interior é que vem a nossa
capacidade de nos ater ao presente e sonharmos, realizarmos nossos planos.
Sem paz, não conseguimos agir propriamente em
nossas funções ou desenvolver o nosso pleno potencial. As afirmações positivas quanto
à paz, como um simples “calma”
num momento de dificuldade, podem nos auxiliar a gerir melhor nosso dia a dia.
Quem acredita na paz e faz dela a sua
filosofia mais dificilmente se entrega a ações intempestivas, brigas,
discussões, ou até mesmo a competições contraproducentes.
Acreditar na paz auxilia a desenvolver
estágios mentais mais abrangentes, saindo do desprezo, da baixa autoestima,
guiando-nos no sentido da saúde emocional.
Não busque aval externo
Digamos que alguém, por exemplo, tenha
escolhido não mais colorir seus cabelos e deixa os fios esbranquiçados
aparecerem. Este alguém poderá ainda estar sujeito a piadas ou comparações,
dependendo do ambiente em que se mova, entretanto, quando atingimos a paz
interior dificilmente nos deixamos abalar pelo que é dito sobre nós.
Nesse estágio, sabemos quem somos e não buscamos o aval externo como
suprimento. Sabemos que temos escolhas e isso é mais importante
que o fio de cabelo que deixamos transparecer para o externo.
A paz interior vem de assumir e respeitar escolhas
A busca da paz interior nos faz ver que somos
responsáveis por nossas escolhas, somos responsáveis em grande parte pelo nosso
momento, pelo cuidado que nos damos, pela maturidade emocional que devemos
buscar. Ter paz não é decorar uma cartilha e repeti-la todos os dias, é compreender o que é
vivenciado.
Compreender que estamos em evolução e muitas
pessoas ainda vão fazer escolhas voltadas para o cérebro primitivo,
relacionado à agressão,
ao invés de investirem mais no gerenciamento de suas emoções.
Muitas pessoas ainda acreditam na violência,
e em muitos nichos algum tipo de violência ainda é permitida. Compreender isso
também é uma chave para a paz interior e nos retira da obrigação de tentar
mudar a escolha do outro.
Para ter paz interior, não tente controlar tudo
Essa obrigação muitas das vezes sequer
existe, o que existe é o contrário: a necessidade de respeitarmos a escolha do
(a) próximo (a). Quando
tentamos interferir na escolha do próximo (a) podemos ir
pelo caminho do controle, uma via certa para o adoecimento pessoal e coletivo.
Podemos estar certos de que muito na vida não
pode ser mudado e não é da nossa alçada. O imponderável reside em cada fração
de segundo e aceitar isso é aceitar
sermos parte da Natureza.
Assim é que começamos a perceber não sermos
donos da vida ou da morte de ninguém. Controlar e se deixar ser controlado
certamente não leva à paz.
Cada um é cada um
Digamos sempre que temos valor e que cada um
é responsável por suas escolhas. Somente assim cada um amadurece, fazendo suas
próprias escolhas e aprendendo com elas. A paz é compreender que há diferentes estágios de
escolhas, escolher o caminho pacífico e ensinar esse caminho.
Quando avaliamos bem, vemos que há espaço
para muita gente no mundo e aquele vizinho esquisito não parece mais incomodar
tanto. Ele também está no seu estágio de escolhas.
Quando vamos nos lembrando dessas frases
interiores, ainda que em trechos esparsos pelo dia, vamos nos acostumando a um
fluxo de energia psíquica que não nos aflige, mas que é inteligente e nos
orienta.
Perdoe e se perdoe
Nesse sentido da compreensão é que está o
perdão. Perdoar não é aceitar ou conviver com o erro, dar aval ao erro, mas
perceber que esse organismo Terra está em evolução e
se colocar em marcha para isso, abolindo a violência contra o próximo e contra
nós mesmos.
Como os antigos animais que evoluíram, assim
também é o ser humano. O ser humano do futuro será provavelmente um alguém com escolhas
menos violentas ou mais pacíficas. Devemos
também praticar o auto perdão.
Lembremo-nos de quando éramos crianças e
falávamos como tal. A cada fase da vida vamos percebendo uma mudança no sentido
da maturidade. Quando avaliarmos uma nova escolha peguemos uma foto nossa de
quando crianças e perguntemos: “será
que eu faria isso a esta criança?”
Saber atingir esse estágio é um caminho para
a paz.
Ame a criança
Sem amar a(s) criança(s) não haverá paz.
Certamente que para haver paz não vamos mais castigar a criança por ela não ter
dado o melhor resultado possível, por ter falhado ou não ter dito palavras bonitas. Castigar não é ensinar.
Assim é que podemos nos enxergar, não devemos
nos castigar por não sermos o que desejamos. Assim também é com o próximo,
sempre vai haver uma parte de nós ou no próximo que tem dificuldade ou que
ainda não sabe das coisas.
Que tal abolir pensamentos negativos e repetitivos?
Não apenas podemos nos dizer frases de
afirmação positiva para conseguirmos sustentar a paz, como também abolir as que
não levam à paz como: “por
que eu fiz isso?”.
Quando avaliamos racionalmente o que fizemos
podemos perceber que em grande parte dos casos não poderíamos ter feito algo sem sabermos
antes o que fazer.
Muitas vezes fomos criados de formas pouco
pacíficas e levamos este padrão pela vida. Assim, não podemos mudar o que
recebemos quando crianças, mas podemos avaliar melhor o que foi recebido,
reformulando sempre nossas estruturas para a paz.
A paz não é uma nave espacial a nos colocar
imediatamente numa melhor posição, mas uma construção sobre nossa inclinação
a entendermos o
que é paz interior. Isso se dá quando abolimos a violência das
nossas escolhas diárias, quando deixamos de acreditar em sofrimento.
Viva sem culpa para ter mais paz interior
Podemos interpretar a paz imaginando o que
seria tentar curar uma ferida enquanto ela é aberta todos os dias. Para ter paz
é preciso haver equilíbrio e para haver equilíbrio é preciso ter paz. O prazer
com o sofrimento, em abrir uma ferida no outro ou em nós, geralmente não leva a
isso.
Podemos imaginar que abolir as culpas é um caminho para a paz. A culpa fere,
enquanto procurar contornar um resultado negativo nos enche de esperança.
Podemos investir
mais em conscientização que em culpas.
Seja grato (a)
Quando observamos a natureza acalmamos nossos
pensamentos, percebemos um
pouco do equilíbrio fino que envolve a vida. A cada grão
num prato de comida podemos seguir um caminho, que levará a centenas de pessoas
num espaço considerável de tempo que semearam, colheram, transportaram e
prepararam o que recebemos.
Quando nos indignamos com algo, podemos nos
lembrar disso. A cada um que nos decepciona, há centenas que não, que estiveram
lá e ainda vão estar, incluindo nós mesmos.
Cultivar a gratidão, é, portanto, um caminho para a paz,
por nos levar a um sentido
empático e lógico da vida. Saber dar valor ao
que leva a um bom resultado, procurando não perder muita energia psíquica com o
equívoco, é uma estratégia para a paz.
Regina Ulrich