FRUTO DO ESPÍRITO – GÁLATAS 5:22-23
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Se alguém permanecer em mim e eu nele,
esse dá muito fruto...
Algumas pessoas ilustram o Fruto do
Espírito descrito em Gálatas 5:22 e 23 como um cacho de uvas onde cada parte
seria uma “uva” do mesmo cacho.
Isso talvez se dê por pensar nas
palavras de Jesus ao dizer:
“Permaneçam em mim, e eu permanecerei
em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na
videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.
“Eu sou a Videira; vocês são os ramos.
Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês
não podem fazer coisa alguma.” João 15:4,5
Já pensou nesse fruto como o Caráter de
Cristo impresso na Vida de quem experimenta o Novo Nascimento a Cada Dia
através do Batismo do Espírito Santo?
“Todos quantos recebem a Cristo pela Fé,
se tornarão um com Ele. Os ramos não estão unidos à vinha por nenhum processo
mecânico ou ligação artificial. Estão unidos à vinha e tornaram-se parte dela.
São nutridos por suas raízes. Assim, aqueles que recebem a Cristo pela Fé
tornam-se um com Ele em Princípio e Ação. Estão unidos com Ele, e a Vida que
têm é a Vida do Filho de Deus. Obtêm Sua Vida dAquele que é Vida.
O ser humano regenerado tem uma União Vital
com Cristo. Assim como o ramo extrai seu sustento do Tronco Principal, e por
causa disto produz muito fruto, assim o Verdadeiro Cristão está unido com
Cristo, e revela em sua vida os Frutos do Espírito. Os ramos se tornam um com a
vinha. A tormenta não pode levá-lo para longe. Geadas não podem destruir suas
propriedades vitais. Nada é capaz de separá-lo da vide.
É um ramo vivo, e produz o fruto da
vinha. Assim se dá com o Cristão. Por boas palavras e boas ações ele revela o Caráter
de Cristo. Como o ramo extrai seu nutrimento da vide, assim todos que são
verdadeiramente convertidos extraem Vitalidade Espiritual de Cristo.”
O início do capítulo 5 de Gálatas
começa com uma lembrança de que Cristo nos libertou para um propósito: “Com Liberdade
Cristo nos libertou: permanecei firmes, portanto…” (v.1). Já os versos finais
falam sobre o Fruto do Espírito, característica de pessoas Verdadeiramente Livres,
concorda?
“Fruto é o sinal certo da vida saudável
da árvore, e «o Fruto do Espírito» é a linda, calma e sempre progressiva
manifestação por meio da conduta, e até à idade avançada (Sl 92.14), daquela
nova vida que foi comunicada por Deus. Paulo não escreve sobre «Frutos» e, sim,
sobre «Fruto»; cf. «Fruto da Justiça» (Filipenses 1.11, grego) e «Fruto da Luz»
(Efésios 5.9).
Um belo cacho de nove variedades de
fruto é aqui descrito. “semelhante à cadeia das graças, em 2 Pe 1.5-7, todas
estas variedades estão ligadas como que para sugerir que a ausência de qualquer
delas significa a anulação de todas. A tríplice classificação feita por
Lightfoot, em hábitos mentais, qualidades sociais e princípios gerais de
conduta, uma vez mais é de grande ajuda.
HÁBITOS MENTAIS
Amor. O Espírito Santo inspira na alma
aquele Amor a Deus e aos seres humanos que é o Cumprimento da Lei (v. 14).
Examinar o admirável elogio de Paulo ao Amor, em 1Co 13.
Alegria. Profundo regozijo de coração, tal como
as bebedeiras e outras obras da carne jamais podem produzir. Essa alegria é a
alegria «no Senhor» (Filipenses 4.4), e não por causa das circunstâncias.
Paz. O senso de harmonia no coração no que
tange a Deus e ao ser humano, aquela Paz de Deus que guarda o coração contra
todas as preocupações e temores que pretendem invadi-lo (Filipenses 4.7).
QUALIDADES SOCIAIS
Longanimidade. Paciência passiva debaixo das injúrias
ou danos sofridos.
Benignidade. A bondosa disposição para com o
próximo.
Bondade. Beneficência ativa, sendo assim um
passo além da benignidade. Nenhum tributo mais excelente poderia ser pago a
Barnabé do que ter sido dito dele que era «homem bom», e isso por estar «cheio
do Espírito Santo e de Fé» (Atos 11.24).
PRINCÍPIOS GERAIS DE CONDUTA
Fidelidade; cf. Tito 2.10, onde a palavra é também
assim traduzida. Algumas versões dizem «Fé»; mas certamente esta versão é mais
correta.
Mansidão. O temperamento especialmente Cristão
de não defender de unhas e dentes os próprios direitos. Nosso Senhor associa Bênção
a essa Virtude (Mateus 5.5), sendo um de Seus próprios atributos (Mateus 11.29
e 2Coríntios 10.1).
Domínio
próprio. Geralmente traduzido por «Temperança»
noutras versões; Equilíbrio. A ideia sugerida é a do indivíduo que sabe
controlar firmemente seus desejos e paixões; a palavra ocorre em Atos 24.35 e
2Pedro 1.6.
Contra essas coisas… (23). A lei existe
para propósitos de restrição, mas, quanto a estas virtudes, nada existe para
limitá-las (cf. 1 Tmóteo 1.9-10).”2
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