ENTRE
Entre o que vocĂȘ Ă© e o que vocĂȘ gostaria de ser.
Entre o que vocĂȘ Ă© e gostaria de parecer.
Entre o que vocĂȘ quer e o que diz querer.
Entre o que vocĂȘ quer ser quando crescer e o que deixou se perder.
Entre o que vocĂȘ vĂȘ e o que nĂŁo vĂȘ.
Entre o seu olhar e o que suas mĂŁos podem tocar.
Entre tudo o que vocĂȘ vai esquecer das lembranças que nunca irĂŁo se apagar.
Entre o muito rĂĄpido e o quase devagar.
Entre o desistir e o perseverar.
Entre o querer e o desejar.
Entre a repulsa e a bondade.
Entre o tempo e a idade.
Entre o futuro e a saudade.
Entre o esquecido e o perdido.
Entre
este momento e o seguinte.
Em algum lugar existe um meio termo.
Entre o meio e o termo.
Meio Ă© entre princĂpio e fim.
Termo quer dizer prazo.
Entre a sua ousadia e a paciĂȘncia nossa.
Entre o que vocĂȘ gostaria e o que vocĂȘ gosta.
Entre o autor e a obra.
Entre o desperdĂcio e a sobra.
Entre construir - difĂcil. E destruir - fĂĄcil.
Entre a triste verdade e a alegre mentira.
Entre a mulher e a menina.
Entre o que cega e o que fascina.
Nas entrelinhas.
Entre a aparĂȘncia e o engano.
Entre o sonho e a ilusĂŁo.
Entre o sim e o nĂŁo.
Talvez.
Entre a minha e a tua vez.
Entre o que vocĂȘ fez.
Entre o que vocĂȘ deixou de fazer.
E o que eu nem posso dizer.
Aqui entre nĂłs.
Entre mentes, entretanto, entretendo, entendendo que entre eu e mim, entre nĂłs dois e vocĂȘs.
Entre!
Ainda que seja a porta de saĂda, entre sem bater.
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