sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

CONFLITOS INTERNOS

 


CONFLITOS INTERNOS

 

Culpa, tristeza e arrependimentos… Ou ainda uma decisĂŁo difĂ­cil a ser tomada. Todas essas situaçÔes podem gerar conflitos internos e causar sofrimento.

Lidar com conflitos internos pode se tornar um verdadeiro penhor em sua vida. Normalmente, acompanhados de questĂ”es morais, Ă©ticas, tabus e desejos incompreendidos, os conflitos existenciais podem levar pessoas bastante racionais a um consultĂłrio de psicologia, com sua saĂșde mental beirando a estafa.  

NĂŁo sĂŁo raros os casos de pessoas que chegam em consultĂłrios buscando apoio para resolver conflitos internos de todas as magnitudes. As pessoas muitas vezes chegam Ă  estafa, podendo serem acometidas por crises de pĂąnico, estresse severo, distĂșrbios do sono, ansiedade, fobia social, entre outros transtornos. 

 

Para Freud, os conflitos internos sĂŁo criados e resolvidos por duas partes, uma que reconhece o desejo e a outra que luta contra para evitar se prejudicar. E o conflito deve ser resolvido o mais rĂĄpido possĂ­vel sob pena de arcar com prejuĂ­zos com os quais nĂŁo poderemos lidar.

Por isso, a sensação de urgĂȘncia, imediatismo e crise que se instala na vida de uma pessoa que estĂĄ enfrentando conflitos internos. 

Nem sempre todas as consequĂȘncias sĂŁo reais e tangĂ­veis. Outras tantas estĂĄ em risco a moral, imagem e aquilo que a pessoa acredita ser e busca fazer os outros acreditarem.

De acordo com psicĂłlogos, o risco de ver sua imagem ser desconstruĂ­da promove uma sĂ©rie de dores e traz Ă  tona traumas de infĂąncia, Ă s vezes esquecidos ou escondidos, que foram cristalizados para evitar sofrimento, mas podem vir Ă  tona com conflitos internos. 

 

 

Passo a passo para resolver conflitos internos

 

Existem algumas técnicas que podem ajudar a lidar com conflitos internos, as quais listamos aqui, com o objetivo de ajudar nesse processo de autoconhecimento.

Caso nĂŁo se sinta capaz de lidar sozinho com esses conflitos, procure ajuda de um profissional que com a ajuda da Terapia Cognitivo Comportamental irĂĄ facilitar e mediar a resolução desses conflitos para que nĂŁo se tornem incapacitantes.

1) Reconhecendo e identificando o conflito

O primeiro passo para resolver um conflito interno Ă© reconhecer e identificar tudo o que faz parte desse conflito e porque ele se estabeleceu em sua vida.

Considere a razĂŁo pela qual vocĂȘ considera isso um conflito, o que fere, quais partes em vocĂȘ reivindicam resoluçÔes diferentes.

DĂȘ nome Ă s partes do conflito, isso irĂĄ facilitar o diĂĄlogo entre elas. 

2) O desejo pretendido

VocĂȘ deve entender o que faz parte do seu desejo e porque ele deve ser inibido.

O conflito afeta sua vida pessoal, profissional, social? Qual a proporção que uma solução considerada não apropriada pode trazer para sua vida?

Fazer certas perguntas a si mesmo irĂĄ elucidar questĂ”es de modo mais racional, trazendo mais lucidez e certo distanciamento para a resolução de conflitos internos. 

Entender de modo claro as partes do conflito o ajudarĂĄ a considerar uma tomada de decisĂŁo apoiada em prĂłs e contras. Se achar necessĂĄrio, faça uma lista e atribua valores. 

3) Entenda as partes inerentes ao conflito

Considere o que Ă© mais importante para vocĂȘ. Qual consideração apontada por cada parte deve ser elevada em grau de prioridade.

Do que vocĂȘ nĂŁo pode abrir mĂŁo? Essas partes em vocĂȘ sĂŁo capazes de reconhecer a importĂąncia de certos valores atribuĂ­dos a outra parte?

Ou os valores sĂŁo fracos o suficiente para nĂŁo serem considerados nesse conflito? Reflita e faça as partes buscarem um equilĂ­brio entre esses fatores. 

4) IntençÔes positivas conflitantes

Considere a intenção de cada parte. Porque cada uma delas traz apontamentos que buscam de um modo ou outro evitar sofrimento.

LĂĄ no fundo, quando precisamos solucionar um conflito, essa Ă© a verdadeira intenção e as partes sĂŁo meios de obter e se manter em segurança. Mas sob qual preço? 

Considere as intençÔes positivas de cada parte, para entender qual delas tem mais força na hora de clamar por uma solução. 

5) Estabeleça um acordo e um pacto entre as partes

 

Fazendo as partes argumentarem entre si, e defender sua importĂąncia em sua vida e no conflito em questĂŁo serĂĄ possĂ­vel avaliar e fazer com que cada uma abra mĂŁo daquilo que naquele momento nĂŁo Ă© tĂŁo importante para solucionar aquele problema.

Estabelecido um acordo entre as partes, considere firmar um pacto, no qual cada parte concorda em colaborar e contribuir com a solução não exercendo ou apresentando outros argumentos após tomada a decisão.

Assim, elas nĂŁo irĂŁo recorrer a culpa, cobrança, sarcasmo depois que vocĂȘ decidir. E se o fizerem, vocĂȘ voltar ao acordo, de modo a encontrar um meio de atender todas as partes e colaboração por longo prazo.  

6) Sua decisĂŁo Ă© Ă©tica e atende seus princĂ­pios morais

 

Chegou a hora da decisĂŁo final. Nessa hora vocĂȘ avalia se todas as partes em vocĂȘ estĂŁo de acordo, se existe alguma parte insatisfeita e se o que foi decidido estĂĄ de acordo com questĂ”es Ă©ticas e princĂ­pios morais.

Desde que haja harmonia e que tanto suas crenças e valores sejam respeitados, vocĂȘ estarĂĄ pronto para tomar uma decisĂŁo, caso contrĂĄrio, reinicie o processo.

Como vimos, o sofrimento dentro de nĂłs pode vir de um embate interno. Entender o que motiva o conflito, cada uma das partes conflitantes e, principalmente, a nĂłs mesmos, irĂĄ ajudar a resolvĂȘ-lo. E, assim, a nossa vida se torna mais leve.

 

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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

SENTIMENTOS

 

SENTIMENTOS

 

Entenda como respeitar seus sentimentos equivale a ter direito a ser feliz.

A palavra “respeito” pode significar muita coisa em muitos contextos, sejam eles sociais ou psicolĂłgicos. PorĂ©m, quando dirigimos a nĂłs mesmos, essa palavra assume outro tom, nem sempre podendo assimilar da mesma forma que falamos para outra pessoa.

Pensar no respeito para si, segundo os psicĂłlogos, Ă© dirigir a importĂąncia de um dos valores mais essenciais para a nossa vida, alĂ©m das relaçÔes humanas. Vejamos como podemos fazer esse movimento de respeitar seus sentimentos.

Parte superior do formulĂĄrio

Parte inferior do formulĂĄrio

Em primeiro lugar, o cultivo do respeito a si mesmo (a) nos abre uma brecha para acessar o lado emocional, muitas vezes bloqueado por sentimentos de culpa, aceitação, traumas e transtornos.

A partir dessa abertura, o fato de respeitar seus sentimentos significa reconhecer qualidades na nossa personalidade e comportamento. Aspectos “negativos”, que antes eram percebidos em nĂłs, podem ser reavaliados e apreciados sob uma outra perspectiva.

A valorização dessas qualidades “ruins” sobre si mesmo, podem, em outras palavras, aprimorar o autoconhecimento, no fato de respeitar seus sentimentos. Isto Ă©, reconhecer seus problemas num sentido prĂłprio e encontrar neles as prĂłprias ferramentas de tratamento.

Como respeitar seus sentimentos?

“Respeitar” significa dar atenção, acolher, observar atentamente, considerar. Quando respeitamos nossos sentimentos estamos na verdade trabalhando com caracterĂ­sticas quase universais, com emoçÔes que afetam a todos socialmente.

Ao fazer isso, percebemos que os sentimentos que fazem parte da nossa vida também fazem parte da realidade de muitas pessoas.

Parte superior do formulĂĄrio

Parte inferior do formulĂĄrio

Reconhecer em si problemas das demais pessoas, gera uma relação de partilha, benéfica para si. O contrårio disso, ou seja, não respeitar seus sentimentos equivale a reforçar e construir estados de conflito consigo e com os outros.

O primeiro passo para possibilitar a questão de respeitar os sentimentos é olharmos para nós mesmos com outros olhos, sem o lado emocional. Perceber racionalmente nossas emoçÔes permite que as situaçÔes que geram conflitos internos sejam vistos de modo diferente.

O segundo passo, apĂłs reconhecer os aspectos e as origens que nos causam conflitos internos, Ă© o encorajamento de buscar alternativas possĂ­veis para desenvolver o potencial que estĂĄ dentro de si. Isso pode ser feito de diversas maneiras como com o apoio da terapia, por exemplo.

Os benefĂ­cios do autorrespeito

 

Respeitar seus sentimentos significa valorizar a sua individualidade prĂłpria, encorajar e compreender o ritmo e o tempo de si mesmo. Na medida do possĂ­vel, entender que os processos pessoais sĂŁo feitos de altos e baixos constantes, mas sem perder a linha do movimento.

Por isso, Ă© importante tambĂ©m saber conviver com os conflitos. Na medida em que vocĂȘ passa a respeitar seus sentimentos serĂĄ possĂ­vel impor um distanciamento do prĂłprio conflito. E isso tambĂ©m ajuda a diminuir a culpa.

Outro benefĂ­cio de respeitar seus sentimentos Ă© ver que dentro de si hĂĄ possibilidade de escolhas. Da mesma forma em que se mostra respeito pelas demais pessoas, no momento em que nĂŁo se julga nem recrimina a si prĂłprio, esse sentimento de cuidado consigo mesmo Ă© uma das maiores mostras de que Ă© possĂ­vel preservar a individualidade.

Pessoas que conseguem respeitar seus sentimentos, sĂŁo emocionalmente mais maduras do que outras, e, por isso, conseguem conviver entre discordĂąncias externas. Elas podem atrair boas amizades e criar expectativas seguras nas suas relaçÔes sociais.

O autoconhecimento tem papel fundamental para o reconhecimento desses sentimentos. Com ele Ă© possĂ­vel obter autocontrole e inteligĂȘncia emocional.

Muitos especialistas na psicologia atentam para este princĂ­pio. Mas isso nĂŁo se faz de um dia pra noite, o autoconhecimento leva tempo e acĂșmulo de experiĂȘncias.

Aceitando nossas qualidades, sem negar a realidade interna, os mecanismos psicolĂłgicos amadurecerĂŁo. Neste sentido a buscar a ajuda de um psicĂłlogo Ă© fundamental para isso. AtravĂ©s da psicoterapia ocorrerĂĄ o processo de autoconhecimento Ă© muito importante para esse desenvolvimento da maturidade emocional.

O lado bom de respeitar suas prĂłprias limitaçÔes Ă© poder proteger sua saĂșde emocional, deixando de fazer aquilo que poderia causar algum mal ou trauma.

 

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