E finalmente a gente chega ao topo da montanha.
Ufa. Parece até que nunca ia chegar este momento.
E então a gente olha em volta, contempla a paisagem e vive aquele momento.
Ao olhar para trás, vem em nossa mente tudo o que percorremos: o caminho, as
subidas e as descidas, os bons momentos, os momentos difÃceis, os momentos que
pensamos em desistir, as pedras, os obstáculos, as flores, a paisagem, as
chuvas, as tempestades, o nascer e o pôr do sol, as estrelas...
Tem também as pessoas que participaram: aqueles que te desejaram boa sorte,
aqueles que não apareceram, aqueles que disseram que estariam ao seu lado até o
fim, aqueles que aparecerem no caminho e atrapalharam, aqueles que apareceram
no caminho e ajudaram, aqueles que estavam indo para outra montanha e seus
caminhos se cruzaram e aqueles que decidiram caminhar ao seu lado.
E lá no topo da montanha, ao final dessa longa caminhada, percebemos como somos
fortes e como fomos corajosos (as).
Lá no topo da montanha a gente compreende o que não conseguia compreender
durante o caminho. E aà as coisas começam a fazer total sentido.
Então a gente recupera o fôlego e faz uma grande descoberta: que o topo daquela
montanha não é o fim da jornada, não é a linha de chegada. Logo ali na frente
tem um novo caminho, e depois tem um vale, e lá distante existe outra montanha
te esperando, te chamando, te convidando a continuar, e você percebe que não
adianta ficar parado, nem se lastimando pelo duro caminho que possa ter
passado.
Percebe que aprendeu muito com essa jornada, pega a mochila que já estava tão
pesada, e se permite jogar fora tudo aquilo que sabe que não usará na nova
caminhada: tristezas, decepções, mágoas, cicatrizes, más lembranças, traições,
medos, dúvidas, incertezas, raiva...
E numa decisão sábia, deixa na mochila somente aquilo que realmente lhe
servirá: coragem, dedicação, felicidade, força de vontade, perseverança, fé,
amor, esperança, boas memórias, garra, positividade...
E então percebe que já não está tão cansado (a) ou em pedaços... está mais leve, mais
forte, inteiro, e pronto (a) para partir para a nova jornada porque permitiu
libertar-se do que já não se encaixava, do que já não lhe fazia bem.
Um sorriso no rosto e aquele frio na barriga que vem quando partimos para algo
novo e diferente, que jamais vivemos antes, mas com a absoluta certeza de que
será algo grande e maravilhoso.
E no momento em que partimos, olhamos para o lado e vemos outras montanhas, e
em cada uma delas estão aquelas pessoas que cruzaram nosso caminho, pois cada
pessoa também tem suas montanhas para percorrer. Alguns deles acenam, outros (as) estão muito distantes e há aqueles (as) que já partiram para a próxima montanha.
O que será que nos aguarda nessa nova jornada? Quem será que vamos encontrar
pelo caminho? O que será que vamos aprender? O que será que vamos viver? Será
que vai valer a pena?
É quando percebemos que só encontraremos essas respostas caminhando. Caminhando
e seguindo em frente.
Porque a beleza não se encontra somente na partida e nem só na chegada, a
beleza está por todo o caminho, nas perdas e nos ganhos, nas experiências, nos
momentos e nas emoções vividas.
A beleza está no nascimento, está no dia a dia, e também está no dia em que não
poderemos mais seguir a estrada.
Enquanto houver caminho, caminhe!
Enquanto houver vida, viva!
Enquanto o coração bater, permita que ele bata bem forte!
E assim descobriremos o grandioso sabor e sentido de VIVER A VIDA.
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