Se você não consegue lidar com os
limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus
limites. A rejeição é um processo de ver-se.
Toda vez que eu quero buscar no outro (a) o que me falta, eu o torno um
objeto. Eu posso até admirar no outro (a) o que eu não tenho em mim, mas eu
não tenho o direito de fazer do outro (a) uma representação daquilo que me
falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança.
O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas
que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre
bom estarmos em um lugar que nos proteja.
Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o
que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é
acima de tudo a experiência do respeito.
Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e
outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o
outro (a) seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro (a) como ele (a) é,
quando ele (a) não tem mais nada a oferecer, quando ele (a) é um (a) inútil e por
isso você o (a)ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades,
você saberá o quanto é amado (a)!
Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não
se perder de si mesmo (a) você será amado (a), pois o que você é significa
muito mais do que você faz!
O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz!
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