MINHA ALMA
Sete vezes desprezei minha alma.
Quando a vi disfarçar-se com humildade para alcançar a grandeza.
Quando a vi coxear na presença dos coxos.
Quando lhe deram a escolher entre o fácil e o difícil, e escolheu o fácil.
Quando cometeu um mal e consolou-se com a ideia de que outros cometem o mal também.
Quando aceitou a humilhação por covardia e atribuiu sua paciência à fortaleza.
Quando desprezou a fealdade de uma face que não era, na realidade, senão uma de suas próprias máscaras.
Quando considerou uma virtude elogiar e glorificar.
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