EXISTÊNCIA DO VIVER
Não dispomos de pouco tempo, mas desperdiçamos muito.
A vida é longa o bastante e nos foi generosamente concedida para a execução de ações as mais importantes, caso toda ela seja bem aplicada.
Porém, quando se dilui no luxo e na preguiça, quando não é despendida em nada de bom, somente então, compelidos pela necessidade derradeira, aquela que não havíamos percebido passar, sentimos que já passou.
É assim que acontece: não recebemos uma vida breve, mas a fazemos, dela não somos carentes, mas pródigos.
Tal como amplos e magníficos recursos, quando vêm para um mau detentor, são dissipados num instante.
Ao passo que, por mais modestos que sejam, se entregues a um bom guardião, crescem pelo uso que se faz deles.
Assim também a nossa existência é bastante extensa para quem dela bem dispõe.
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